segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Maceió: praia, sol e muita beleza

Nascida de um engenho de açúcar que deu origem a um povoado, Maceió é considerada a cidade com as praias urbanas mais bonitas do Brasil. Após percorrer os quase cinco km do calçadão à beira-mar, passando por Jatiuca, Ponta Verde e Pajuçara, o turista terá esta certeza. A orla da cidade é magnífica, com ciclovia, avenida ampla, muitos coqueiros e gramados, restaurantes e quiosques.
Nestes últimos quesitos, Maceió tem inúmeras opções. Há restaurantes da típica comida nordestina, de massas, especializados em frutos do mar e filés, orientais, self-service ou à la carte, bastando apenas o visitante escolher. Recomendo o Imperador dos Camarões, na praia de Pajuçara.
Os quiosques à beira-mar são outra atração nas noites da cidade, todos sempre lotados, com música ao vivo. Destaques para o Lopana, com uma banda muito competente tocando blues e a choperia Rapa Nui.
A parte antiga de Maceió tem muita história, prédios e igrejas centenários, com boa preservação. Mas é em relação às praias que a cidade se destaca nacionalmente. A mais famosa de todas é a praia do Francês, de águas claras e mornas, protegida por arrecifes e bastante frequentada. Lá o turista poderá fazer passeios de barco e mergulho livre.
Mas a mais bonita é a praia do Gunga, situada entre a Lagoa do Roteiro e o mar. Como em toda a costa nordestina, também tem arrefices que protegem parte da praia. As águas da lagoa são claras e limpas e na faixa que se encontram com as águas do mar, é o único local onde é proibido banho. Nesta região há imensas fazendas com plantações de coqueiros. Há um passeio de buggy saindo da praia até as falésias de areias coloridas.
Um roteiro diferente, mas não menos bonito, é o passeio de barco pelo rio São Francisco, saindo de Piaçabuçu até o Pontal do Peba, onde fica a foz do "Velho Chico". Durante o passeio o visitante verá as famosas lavadeiras do Rio São Francisco. Na foz, a lagoa incravada no meio das dunas móveis transforma a paisagem em um local bucólico e muito bonito.
São Miguel dos Milagres é outra praia que o turista não pode deixar de visitar. Um pouco afastada da cidade, em direção ao norte, tem uma grande beleza natural. Pouco frequentada, é ótima para descansar. Próximo dali existe uma reserva ambiental do Ibama, em uma área de mangue, onde pode-se visitar os peixes-boi que são tratados para serem devolvidos ao mar.
Para fazer compras, o lugar ideal é a feira da praia de Pajuçara. O visitante vai encontrar muito artesanato, produtos típicos e roupas. Próximo dali, quase no farol da Ponta Verde, aproveite para beber água de coco contemplando o belíssimo pôr-do-sol.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fernando de Noronha, de prisão a reserva ecológica

Se você já ouviu falar que Fernando de Noronha é um lugar paradisíaco, saiba que quem disse está absolutamente certo. Este arquipelágo formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos se originou de atividade vulcânica. É considerado um dos locais mais bonitos do mundo, procurado por turistas brasileiros e estrangeiros. A ilha principal leva seu nome e é a única habitada.
A ilha foi transformada em presídio político em 1938 e base militar durante a 2ª Guerra Mundial. Em 1988 passou a fazer parte do estado de Pernambuco e atualmente é parque nacional marinho, criado por lei federal.
A atração mais famosa de Fernando de Noronha é a Baía dos Golfinhos. Ao amanhecer, por volta de seis horas, centenas de golfinhos da espécie rotador entram na enseada para acasalar, amamentar os filhotes ou descansar. A vista do mirante é magnífica. Para ver os golfinhos mais de perto há um passeio de barco que sai do porto, passando por algumas das ilhas maiores e praias, chegando na Ponta da Sapata, no outro extremo da ilha. É neste momento que os golfinhos se aproximam, nadando e saltando à frente e laterais do barco.
Ao retornar, o barco ancora na Baía do Sancho, próximo aos maciços Dois Irmãos, para os passageiros realizarem mergulho de apnéia. Eleita a mais bonita do Brasil, a praia do Sancho é uma das melhores para banho, junto com a Conceição. Para chegar nela é necessário descer cerca de 100 degraus existentes em uma fenda da falésia.
Ao lado da Baía do Sancho, está a Baía dos Porcos. É formada por muitas rochas e quase nenhuma areia e as piscinas naturais que se formam na maré baixa, proibidas para banho, possuem uma diversidade de fauna marinha muito grande.
Do outro lado da ilha, no mar de fora, estão localizados outros três lugares que devem ser visitados: as praias da Atalaia e Leão e a baía do Sueste. Nas duas últimas, o turista vai mergulhar entre tubarões, arraias e tartarugas, além da variedade enorme de peixes.
O mergulho na praia da Atalaia é como se o visitante estivesse dentro de um aquário, tamanha a quantidade de plantas e animais marinhos existentes na grande piscina formada na maré baixa. É só durante este período que a praia pode ser visitada por grupos pequenos, acompanhados por monitores, limitado a 100 pessoas por dia. A fiscalização do Ibama na Atalaia é rígida e permanente, visando a preservação do frágil ecossistema local.
A gastronomia de Fernando de Noronha é variada, indo desde as massas e pizzas até churrasco e frutos do mar. As opções de bares e restaurantes são boas, todos de boa qualidade. Como há serviços à la carte e self service, os preços são igualmente variados, dependendo de quanto o visitante quer pagar. Nos bares o turista vai ouvir desde MPB até forro e reggae.
Em Noronha não há grandes hotéis. A hospedagem dos visitantes é feita nas numerosas pousadas, muitas delas familiares, todas com boa infra-estrutura.
Quem for para o arquipélago deve levar muito protetor solar e um bom par de tênis, pois são muitas as caminhadas. Apesar de haver buggys de aluguel e ônibus, não é a todos os lugares que os veículos podem chegar.
Como Fernando de Noronha é um parque nacional, é cobrada dos visitantes e turistas uma taxa de preservação ambiental. A quantia é de R$ 36,69 por dia de permanência na ilha e pode ser paga através da internet.